segunda-feira, 6 de junho de 2011

MEMORIAL

Raab Simões



       1. Apresentação

Este relato tem como objetivo apresentar memórias de minha trajetória profissional. Iniciará abrangendo peculiaridades da minha formação escolar e acadêmica e prosseguirá descrevendo pormenores de todo o percurso para a escolha da profissão. O quarto item descreve a minha busca pela especialização na área de cerimonial e protocolo, mesmo não havendo, na época, nenhum curso específico. O próximo item apresenta uma mudança na minha vida profissional, tendo em vista uma nova condição de trabalho, seguido de um contínuo esforço para o retorno às atividades de cerimonial e protocolo. A conclusão é a reflexão de como me posiciono diante da profissão que escolhi. Ademais, explano sobre meu almejo no que diz respeito à obtenção de novos conhecimentos.



       2. Trajetória Profissional



          2.1 Formação Acadêmica

Graduada em administração de empresas, pós-graduada em turismo e também em gestão de eventos. Sempre achei que poderia utilizar meus conhecimentos da área de administração de empresas na organização de eventos. Não estava errada. Utilizo muitas teorias de administração de empresas na organização de eventos. Descobri que todo conhecimento é proveitoso. Um exemplo disso foi o meu segundo grau, na Escola Técnica, em que me formei desenhista de arquitetura aos dezesseis anos. Nunca pratiquei esta profissão que, de início, achava fascinante. Hoje, após muitos anos, utilizo os conhecimentos de arquitetura nas minhas aulas da área de eventos.

          2.2 A Escolha de Uma Profissão

Quanto à profissão, apesar de não ser ainda reconhecida, me considero cerimonialista. Mas nós, do Comitê Nacional de Cerimonial e Protocolo, estamos no Senado Federal lutando para que essa atividade se torne profissão. Escolhi essa área quando ingressei em instituição pública, em 1993. Não, não me tornei uma cerimonialista de pronto. Foi uma longa trajetória.

Trabalhava na Divisão de Comunicação Social da Polícia Federal e lá fazia de tudo: atendia jornalistas; atendia o público externo e interno que queria quaisquer informações sobre o órgão; organizava cerimônias; fazia roteiros de solenidades; expedia nota à imprensa; elaborava documentos etc. É claro, sempre sob a subordinação de uma chefia que não tinha formação na área de comunicação social, como tantos outros que vieram depois e como todos nós que trabalhávamos ali. Assim que entrei, o chefe daquele setor era um jornalista, mas, após um mês em que estava no referido setor, o mencionado chefe deixou uma carta pregada no quadro de aviso informando o porquê de sua saída: a dificuldade de obter, junto aos dirigentes, informações para a imprensa.

Havia muita rotatividade nesse setor e, a cada mudança, deparávamos com pessoas que não tinham conhecimento na área, mas eu e um pequeno grupo permanecíamos. Passei a ter um interesse maior pela área de cerimonial e protocolo, na qual já exercia algumas tarefas, bem como fazer alguns cursos na área. Comecei a estudar a legislação do protocolo brasileiro e a praticar no meu dia a dia.

Em um determinado momento, recebemos um novo chefe que, embora não fosse da área de comunicação social, resolveu mudar quase todo o efetivo do setor e trouxe servidores com formação em jornalismo, marketing etc, mas, em virtude da carência do setor de eventos, não havia profissionais voltados para tal área.

Diante de tanta rotatividade, passei a ser a mais antiga do setor, que possuía um conhecimento maior na área de cerimonial e protocolo, e, quando se tratava de eventos, a chefia me indicava.

Formamos um grupo de cerimonial e passamos a organizar as solenidades, não somente nos órgãos centrais, mas também nos estados da federação daquele órgão. Foi uma época em que trabalhei exaustivamente, mas, como conseqüência, “conheci” quase todos os estados do Brasil.

Como o setor de cerimonial estava bem estruturado, foi publicada uma instrução normativa que padronizava os eventos no âmbito daquele órgão. Com a finalidade de passar essa padronização para todos, fizemos o encontro de comunicadores sociais da Polícia Federal, no qual tive a oportunidade de atuar como palestrante e transmitir minhas experiências para representantes da comunicação social da Polícia Federal de todo o Brasil.

Como todos os contratados, saí da Polícia Federal em 31 de dezembro de 2004. Foram 11 anos de serviço, dos quais me fez escolher o caminho profissional que resolvi trilhar: a área de cerimonial. Alguns dias depois, no mês de janeiro de 2005, fui chamada pelo Diretor Técnico-científico daquele órgão para organizar a inauguração do Instituto Nacional de Criminalística. Como autônoma, passei três meses organizando. Foi uma grande cerimônia. A partir daí, presto consultoria na área de cerimonial não somente para eles, mas para outras instituições.

           2.3 Busca da Formação Especializada

Aproveitei minha atuação como autônoma para fazer a primeira pós-graduação: Gestão de Eventos. Tanto na pós em gestão de eventos, quanto na pós em turismo, defendi temas sobre cerimonial e protocolo, sendo o tema da última transformado em artigo e apresentado no Congresso Nacional de Cerimonial e Protocolo de 2009, em Salvador-Ba.

           2.4 Mudança de Ocupação

Em 2006, passei no concurso da SEPLAG e minha primeira lotação foi na Subsecretaria de Suprimentos. Não era exatamente o setor no qual desejava trabalhar. Infelizmente, o órgão não faz a devida seleção quando da lotação de servidores, mas permaneci no mencionado setor até que terminasse o período do estágio probatório.

Foi difícil conseguir a remoção, mas ela ocorreu: em meados de 2010. Fui removida para a Escola de Governo.

            2.5 Retorno às Atividades Almejadas

Em 2007, fui convidada para dar aula de cerimonial e protocolo nas Faculdades AD1 e UPIS. Neste mesmo ano, comecei a dar aula de cerimonial e protocolo na Escola de Governo, momento no qual resolvi pedir remoção para a mencionada escola. O curso era bastante procurado e muita gente se inscrevia, mas algumas turmas foram canceladas porque o Subsecretário não autorizava a minha saída do setor para lecionar.

Nesse ínterim, entrei no Centro Universitário UDF como professora de cerimonial e protocolo e ministrei muitas palestras e cursos sobre o tema para o Itamaraty, TSE, TST, Brasília Festival Fashion, LBV, Biblioteca Nacional etc.

Hoje, na Escola de Governo, continuo ministrando aulas de organização de eventos - cerimonial e protocolo.

         3. Conclusão

O que tenho notado ao longo dos meus quatro anos ministrando aulas é que as pessoas que procuram as aulas de cerimonial e protocolo acreditam que serão ensinadas, por exemplo, a decorar eventos e, durante o curso, descobrem que o protocolo brasileiro é fundamentado em legislações e que é necessário estudar profundamente o assunto para se fazer cerimônias com excelência. É importante frisar que a decoração também faz parte dos eventos, pois o cerimonialista se preocupa também com a beleza das solenidades: é um especialista em criar rituais, mas não adianta rituais lindos se as legislações não são observadas. Isso é o que mais acontece.

Eu só tenho a dizer que, quer esteja organizando cerimônias ou ministrando aulas de cerimonial e protocolo, amo o que faço e agradeço a Deus por ter me conduzido ao longo desta estrada. Foram anos árduos, mas que me trouxeram para a área que mais me faz feliz: a área de cerimonial.

Agora, com este curso Formação de Formadores da Escola de Governo, sinto que minha relação com a pedagogia ficou mais estreita. Ocorre que me preocupo mais em estudar e atualizar-me na minha área de atuação do que desenvolver tecnologia pedagógica de forma a permitir a sistematização, a reflexão e a crítica do processo educativo de forma mais ampla. Este curso me abriu os olhos para tal ângulo, bem como para analisar possíveis modificações na minha ação docente. Pensar, como educadora, na competência pedagógica. Pretendo continuar em busca de novos conhecimentos, por meio da aprendizagem continuada, no nível stricto sensu. Mesmo que ainda não exista formação no mencionado nível em cerimonial e protocolo, buscarei defender temas em outras áreas de formação, mas que abranjam assuntos sobre cerimonial e protocolo, conforme já ocorreu anteriormente.


  Hermana Vargas

APRESENTAÇÃO:
Foi na Escola Primária Francisco Fernandes, Oliveira-MG, onde estudei da primeira à quarta série. Da quinta à oitava série e curso Normal estudei na Escola Normal Nossa Senhora de Oliveira, escola exemplar das Irmãs Escolápias. No curso Normal, aprendi nas aulas de pedagogia e didática, além de outras coisas, a fazer meu primeiro Plano de Aula, as aulas de filosofia e psicologia me despertaram para a essência da vida.

DESENVOLVIMENTO:
Fui aluna do Curso de Extensão para Docentes em Turismo, pela UNB, o qual deixou a desejar, por não ter terminado  a carga horária e matérias previstas. O Curso a Distância pelo Sebrae, Iniciando um Pequeno Grande Negócio, foi  meu primeiro aprendizado positivo com ensino a Distância, levando a crer que é a solução para o futuro da educação. Participei do  Curso de Aperfeiçoamento de Instrutores Construindo Novas Competências e Elaboração de Projeto Básico, pela Elo Engenharia. Aprendi a perceber e lidar com os diferentes tipos de pessoas, suas reações e motivações para o aprendizado. O curso de Formação de Multiplicadores para o curso de Excelência no Atendimento ao Cidadão, pela Escola de Gestão Pública do Distrito Federal, enriqueceu minha prática pedagógica enriquecidas com dinâmicas de Grupo voltadas para o objetivo do curso.

GRATIFICANTES EXPERIÊNCIAS:
Mas, uma  experiência fascinante  foi em 2005, como professora voluntária do Programa Degrau, educação dos servidores do GDF que não concluíram o ensino fundamental, no qual aprendi mais do que ensinei.
Em 2006, me especializei na UNB, no curso Arte educação e tecnologias contemporâneas, Arteduca.  O curso interessou-me por estar em sintonia com as modernas teorias pedagógicas e com o avanço tecnológico que está mudando o nosso mundo. Os módulos do curso foram muito enriquecedores, culminando com um projeto interdisciplinar que me proporcionou um grande suporte teórico-pedagógico, além de troca de experiências fantásticas para minha vida pessoal e profissional.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:
 Estou em constante transformação e em busca de novas experiências e aprendizado.O curso Formação de Formadores Presenciais da Escola de Governo, fez-me atualizar  os conhecimentos adquiridos ao longo da minha vida, acrescentando novos conteúdos, como o mapa conceitual e o contrato didático. Utilizamos um rico material instrucional,  adequado a uma interação dinâmica e construtiva, através do ensino a distância, uma metodologia contemporânea e do futuro.
 Este curso fez-me refletir, tenho muito a aprender e aprimorar como formadora. Em meu projeto de formação continuada pretendo fazer um mestrado na minha área, administração.







segunda-feira, 30 de maio de 2011




  • Dia 28 de abril é o dia da educação? Poucas pessoas sabem. Isso pode ser considerado normal num país onde a educação fica em segundo ou terceiro plano. Você viu alguma notícia no jornal sobre isso? Com certeza não, mas sim outras que não sejam tão relevantes.
  • No ranking mundial de qualidade da educação da ONU, o Brasil ocupa a vergonhosa 88ª posição, atrás de países como Bolívia, Colômbia e Paraguai?
  • O nosso Ministério da Educação que defende os livros e vídeos em defesa do homossexualismo é também o responsável pelos péssimos índices da educação do nosso país?
  • A Câmara Municipal do Rio de Janeiro criou no quadro permanente do poder executivo a categoria funcional de professor de ensino religioso, o que não deixa de ser uma forma de impor o ensino religioso aos alunos?
  • Você sabia que dentre as 100 melhores Universidades do mundo, nenhuma é brasileira?
  •  Segundo dados divulgados pelo MEC quase a totalidade das crianças em idade escolar encontram-se matriculadas em instituições de ensino, sejam estas públicas ou privadas. Dados do senso escolar de 2001 davam conta de que eram 55 milhões o número de matrículas nas quase 218 mil escolas distribuídas em 5.560 municípios brasileiros. Hoje se fala em mais de 57 milhões matriculados em todos os níveis de ensino. Apesar disso, não se tem visto uma relação direta entre quantidade e qualidade, entre matrícula e permanência na escola, entre estar na escola e aprender na escola?

domingo, 29 de maio de 2011

PARA NÓS PROFESSORES, DEZ DICAS DE ORATÓRIA


1) Prepare-se para falar. Assim como você não iria para a guerra municiado apenas com balas suficientes para acertar o número exato de inimigos entrincheirados, também para falar não deverá se abastecer com conteúdo que atenda apenas ao tempo determinado para a apresentação. Saiba o máximo que puder sobre a matéria que irá expor. Isto é, se tiver de falar 15 minutos, saiba o suficiente para discorrer pelo menos 30 minutos. Não se contente apenas em se preparar sobre o conteúdo, treine também a forma de exposição. Faça exercícios falando sozinho na frente do espelho, ou, se tiver condições, diante de uma câmera de vídeo. Atenção: embora esse treinamento sugerido dê fluência e ritmo à apresentação, de maneira geral, não dá naturalidade. Para que a fala atinja bom nível de espontaneidade fale com pessoas. Reúna um grupo de amigos, familiares ou colegas de trabalho, ou de classe, e converse bastante sobre o assunto que irá expor.
2) A naturalidade pode ser considerada a melhor regra da boa comunicação. Se você cometer alguns erros técnicos durante uma apresentação em público, mas comportar-se de maneira natural e espontânea, tenha certeza de que os ouvintes ainda poderão acreditar nas suas palavras e aceitar bem a mensagem. Entretanto, se usar técnicas de comunicação, mas apresentar-se de forma artificial, a platéia poderá duvidar das suas intenções. Respeite seu estilo de comunicação. Você vai se sentir seguro e suas apresentações serão mais eficientes.
3) Não confie na memória, leve um roteiro como apoio. Algumas pessoas memorizam suas apresentações palavra por palavra imaginando que assim se sentirão mais confiantes. A experiência demonstra que, de maneira geral, o resultado acaba sendo muito diferente. Se você se esquecer de uma palavra importante na ligação de duas idéias, talvez se sinta desestabilizado e inseguro para continuar. O pior é que ao decorar uma apresentação você poderá não se preparar psicologicamente para falar de improviso e ao não encontrar a informação de que necessita, ficará sem saber como contornar o problema. Use um roteiro com as principais etapas da exposição, e frases que contenham idéias completas. Assim, diante da platéia, leia a frase e a seguir comente a informação, ampliando, criticando, comparando, discutindo, até que essa parte da mensagem se esgote. Se a sua apresentação for mais simples poderá recorrer a um cartão de notas, uma cartolina mais ou menos do tamanho da palma da mão, que deverá conter as palavras-chave, números, datas, cifras, e todas as informações que possam mostrar a seqüência das idéias. Com esse recurso você bate os olhos nas palavras que estão no cartão e vai se certificando que a seqüência planejada está sendo seguida.
4) Use uma linguagem correta. Uma escorregadinha na gramática aqui, outra ali, talvez não chegue a prejudicar sua apresentação. Entretanto, alguns erros grosseiros poderão ser fatais. Os mais graves que costumam ocorrer são: "fazem tantos anos", "menas", "a nível de", "somos em seis", "meia tola", entre outros. Mesmo que você tenha uma boa formação intelectual, sempre valerá a pena fazer uma revisão gramatical, principalmente quanto à conjugação verbal e às concordâncias.
5) Saiba quem são os ouvintes. Cada público possui características e expectativas próprias, e que precisam ser consideradas em uma apresentação. Procure saber qual é o nível intelectual das pessoas, até que ponto conhecem o assunto e a faixa etária predominante dos ouvintes. Assim, poderá se preparar de maneira mais conveniente e com maiores chances de se apresentar bem.
6) Tenha começo meio e fim. Anuncie o que vai falar, fale e conte sobre o que falou. Depois de cumprimentar os ouvintes e conquistá-los com elogios sinceros, ou mostrando os benefícios da mensagem, diga qual tema vai abordar. Assim, a platéia acompanhará seu raciocínio com mais facilidade, porque saberá aonde deseja chegar. Em seguida, transmita a mensagem, sempre facilitando o entendimento dos ouvintes. Se, por exemplo, deseja apresentar a solução para um problema, diga antes qual é o problema. Se pretende falar de uma informação atual, esclareça inicialmente como tudo ocorreu até que a informação nova surgisse.
7) Tenha uma postura correta. Evite apoiar-se apenas sobre uma das pernas e procure não deixá-las muito abertas ou fechadas. É importante que se movimente diante dos ouvintes para que realimentem a atenção, mas esteja certo de que o movimento tem algum objetivo, como por exemplo, destacar uma informação, reconquistar parcela do auditório que está desatenta, etc. Caso contrário é preferível que fique parado. Cuidado com a falta de gestos, mas seja mais cauteloso ainda com o excesso de gesticulação. Procure falar olhando para todas as pessoas da platéia, girando o tronco e a cabeça com calma, ora para a esquerda, ora para a direita, para valorizar e prestigiar a presença dos ouvintes, saber como se comportam diante da exposição e dar maleabilidade ao corpo, proporcionando, assim, uma postura mais natural. O semblante é um dos aspectos mais importantes da expressão corporal, por isso dê atenção especial a ele. Verifique se ele está expressivo e coerente com o sentimento transmitido pelas palavras. Por exemplo, não demonstre tristeza quando falar em alegria. Evite falar com as mãos nos bolsos, com os braços cruzados ou nas costas. Também não é recomendável ficar esfregando as mãos, principalmente no início, para não passar a idéia de que está inseguro ou hesitante.
8) Seja bem-humorado. Nenhum estudo comprovou que o bom humor consegue convencer ou persuadir os ouvintes. Se isso ocorresse os humoristas seriam sempre irresistíveis. Entretanto, é óbvio que um orador bem-humorado consegue manter a atenção dos ouvintes com mais facilidade. Se o assunto permitir e o ambiente for favorável, use sua presença de espírito para tornar a apresentação mais leve, descontraída e interessante. Cuidado, entretanto, para não exagerar, pois o orador que fica o tempo todo fazendo gracinhas pode perder a credibilidade.
9) Use recursos audiovisuais. Esse estudo é impressionante: se apresentar a mensagem apenas verbalmente, depois de três dias os ouvintes vão se lembrar de 10% do que falou. Se, entretanto, expuser o assunto verbalmente, mas com auxílio de um recurso visual, depois do mesmo período, as pessoas se lembrarão de 65% do que foi transmitido. Mais uma vez, tome cuidado com os excessos. Nada de Power Point acompanhado de brecadinhas de carro, barulhinhos de máquina de escrever, e outros ruídos que deixaram de ser novidade há muito tempo e por isso podem vulgarizar a apresentação. Um bom visual deverá atender a três grandes objetivos: destacar as informações importantes, facilitar o acompanhamento do raciocínio e fazer com que os ouvintes se lembrem das informações por tempo mais prolongado. Portanto, não use o visual como "colinha", só porque é bonito, para impressionar, ou porque todo mundo usa. Observe sempre se o seu uso é mesmo necessário. Faça visuais com letras de um tamanho que todos possam ler. Projete apenas a essência da mensagem em poucas palavras. Apresente números em forma de gráficos. Use cores contrastantes, mas sem excesso. Posicione o aparelho de projeção e a tela em local que possibilite a visualização da platéia e facilite sua movimentação. Evite excesso de aparelhos. Quanto mais aparelhos e mais botões maiores as chances de aparecerem problemas.
10) Fale com emoção. Fale sempre com energia, entusiasmo, emoção. Se nós não demonstrarmos interesse e envolvimento pelo assunto que estamos abordando, como é que poderemos pretender que os ouvintes se interessem pela mensagem? A emoção do orador tem influência determinante no processo de conquista dos ouvintes.
 Fonte: Reinaldo Polito

EDUCAÇÃO PARA ADULTO E A NEUROCIÊNCIA


Diferentemente da maneira como as crianças absorvem conhecimento, os adultos, com sua independência conquistada, podem fazer questionamentos. Isso se deve ao fato de que o tempo traz as experiências, nas experiências ocorrem erros e tudo isso vem proporcionar aprendizagens e vivências, que nos induz a criticar, analisar, comparar experiências, concordar, discordar, escolher e tomar decisões.
Segundo o texto dado, a andragogia supõe que para o adulto, saber o porquê do aprendizado, sua abordagem como solução de problemas, se ele é de valor imediato e o experimento são primordiais para a aprendizagem e sugere para estes, como estratégia,  estudo de caso, encenações, simulações e autoavaliação.
Adicionalmente, sugerimos que esclarecer o valor prático da matéria também pode ser mais uma estratégia para atender a expectativa de aprendizagem do adulto. Mas, o que é o “esclarecimento do valor prático da matéria”? É ajudar o aluno a ver como a matéria afeta a vida deles ou como podem usá-la beneficamente; como o aluno poderá aplicar a matéria na vida profissional, por exemplo, tendo em vista se tratar de adultos. Para tanto o instrutor deverá conhecer seu público alvo e preparar a matéria com base na necessidade do aluno. O público alvo, no entanto, deve ser direcionado. O valor prático da determinada matéria deve ficar evidente durante toda sua explanação.
Note que esse recurso poderá atender quase todas as necessidades que o adulto precisa para a aprendizagem apresentadas no texto, a saber: o porquê do aprendizado, sua abordagem como solução de problemas e se ele é de valor imediato. E os exemplos de estratégias apresentadas no texto poderão ser usados para firmar os argumentos do valor prático do assunto apresentados pelo instrutor.
Ademais, a autora do texto afirma que a instrução precisa ser orientada para o trabalho e para a resolução de problemas, em vez de ser direcionada para a memorização.
Ainda sobre estratégia de aprendizagem, Vera Mieto em seu artigo sobre neurociência, explica que aprendizagem são processos neurais, isto é, redes que se estabelecem e neurônios que se ligam e fazem novas sinapses e apresenta os benefícios que as estratégias adequadas em um processo de ensino pode trazer:
 “o uso de estratégias adequadas em um processo de ensino dinâmico e prazeroso provocará, conseqüentemente, alterações na quantidade e na qualidade dessas conexões sinápticas, afetando, assim, o funcionamento cerebral, de forma positiva e permanente, com resultados extremamente satisfatórios.”


"Graças à Neurociência da Aprendizagem, os transtornos comportamentais e da aprendizagem passaram a ser mais facilmente compreendidos pelos educadores que, aliados à Neurociência, têm subsídios para a elaboração de estratégias mais adequadas a cada caso. Um professor qualificado e capacitado, um método de ensino adequado e uma família facilitadora dessa aprendizagem são fatores fundamentais para que todo esse conhecimento que a Neurociência nos viabiliza seja efetivo, interagindo com as características do cérebro de nosso aluno."


A experiência abaixo ilustra o uso de estratégias adeguadas de elogios e motivações.

Por Marcos Meier
Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo.
Em seguida, foram divididas em dois grupos. O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. “Uau, como você é inteligente!”, “Que esperta que você é!”, “Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!” … e outros elogios à capacidade de cada criança. 
O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. “Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!”, “Menino, que legal ter visto seu esforço!”, “Uau, que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!” … e outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.
Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças.   Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência. As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa.  As crianças não queriam nem tentar. Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.
A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos.  O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças “inteligentes” não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. “Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente”.
As “esforçadas” não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado. Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens “médios” obterem a vitória. Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas.
No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um.
É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado. Nossos filhos precisam ouvir frases como: “Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração”, “parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo… você é ético”, “filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram… você é solidária”, “isso mesmo filho, deixar seu primo brincar com seu videogame foi muito legal, você é um bom amigo”.
Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los. Isso não é “tática” paterna, é incentivo real. Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que linda você é, amor”, “acho você muito esperto meu filho”, “Como você é charmoso”, “que cabelo lindo”, “seus olhos são tão bonitos”. Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e “charminhos”. Quando adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente. Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença deles. São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor, pois se alimentaram da terra fértil.
Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.

Marcos Meier é mestre em Educação, psicólogo, professor de Matemática e especialista na teoria da Mediação da Aprendizagem em Jerusalém, Israel.