segunda-feira, 6 de junho de 2011

MEMORIAL

Raab Simões



       1. Apresentação

Este relato tem como objetivo apresentar memórias de minha trajetória profissional. Iniciará abrangendo peculiaridades da minha formação escolar e acadêmica e prosseguirá descrevendo pormenores de todo o percurso para a escolha da profissão. O quarto item descreve a minha busca pela especialização na área de cerimonial e protocolo, mesmo não havendo, na época, nenhum curso específico. O próximo item apresenta uma mudança na minha vida profissional, tendo em vista uma nova condição de trabalho, seguido de um contínuo esforço para o retorno às atividades de cerimonial e protocolo. A conclusão é a reflexão de como me posiciono diante da profissão que escolhi. Ademais, explano sobre meu almejo no que diz respeito à obtenção de novos conhecimentos.



       2. Trajetória Profissional



          2.1 Formação Acadêmica

Graduada em administração de empresas, pós-graduada em turismo e também em gestão de eventos. Sempre achei que poderia utilizar meus conhecimentos da área de administração de empresas na organização de eventos. Não estava errada. Utilizo muitas teorias de administração de empresas na organização de eventos. Descobri que todo conhecimento é proveitoso. Um exemplo disso foi o meu segundo grau, na Escola Técnica, em que me formei desenhista de arquitetura aos dezesseis anos. Nunca pratiquei esta profissão que, de início, achava fascinante. Hoje, após muitos anos, utilizo os conhecimentos de arquitetura nas minhas aulas da área de eventos.

          2.2 A Escolha de Uma Profissão

Quanto à profissão, apesar de não ser ainda reconhecida, me considero cerimonialista. Mas nós, do Comitê Nacional de Cerimonial e Protocolo, estamos no Senado Federal lutando para que essa atividade se torne profissão. Escolhi essa área quando ingressei em instituição pública, em 1993. Não, não me tornei uma cerimonialista de pronto. Foi uma longa trajetória.

Trabalhava na Divisão de Comunicação Social da Polícia Federal e lá fazia de tudo: atendia jornalistas; atendia o público externo e interno que queria quaisquer informações sobre o órgão; organizava cerimônias; fazia roteiros de solenidades; expedia nota à imprensa; elaborava documentos etc. É claro, sempre sob a subordinação de uma chefia que não tinha formação na área de comunicação social, como tantos outros que vieram depois e como todos nós que trabalhávamos ali. Assim que entrei, o chefe daquele setor era um jornalista, mas, após um mês em que estava no referido setor, o mencionado chefe deixou uma carta pregada no quadro de aviso informando o porquê de sua saída: a dificuldade de obter, junto aos dirigentes, informações para a imprensa.

Havia muita rotatividade nesse setor e, a cada mudança, deparávamos com pessoas que não tinham conhecimento na área, mas eu e um pequeno grupo permanecíamos. Passei a ter um interesse maior pela área de cerimonial e protocolo, na qual já exercia algumas tarefas, bem como fazer alguns cursos na área. Comecei a estudar a legislação do protocolo brasileiro e a praticar no meu dia a dia.

Em um determinado momento, recebemos um novo chefe que, embora não fosse da área de comunicação social, resolveu mudar quase todo o efetivo do setor e trouxe servidores com formação em jornalismo, marketing etc, mas, em virtude da carência do setor de eventos, não havia profissionais voltados para tal área.

Diante de tanta rotatividade, passei a ser a mais antiga do setor, que possuía um conhecimento maior na área de cerimonial e protocolo, e, quando se tratava de eventos, a chefia me indicava.

Formamos um grupo de cerimonial e passamos a organizar as solenidades, não somente nos órgãos centrais, mas também nos estados da federação daquele órgão. Foi uma época em que trabalhei exaustivamente, mas, como conseqüência, “conheci” quase todos os estados do Brasil.

Como o setor de cerimonial estava bem estruturado, foi publicada uma instrução normativa que padronizava os eventos no âmbito daquele órgão. Com a finalidade de passar essa padronização para todos, fizemos o encontro de comunicadores sociais da Polícia Federal, no qual tive a oportunidade de atuar como palestrante e transmitir minhas experiências para representantes da comunicação social da Polícia Federal de todo o Brasil.

Como todos os contratados, saí da Polícia Federal em 31 de dezembro de 2004. Foram 11 anos de serviço, dos quais me fez escolher o caminho profissional que resolvi trilhar: a área de cerimonial. Alguns dias depois, no mês de janeiro de 2005, fui chamada pelo Diretor Técnico-científico daquele órgão para organizar a inauguração do Instituto Nacional de Criminalística. Como autônoma, passei três meses organizando. Foi uma grande cerimônia. A partir daí, presto consultoria na área de cerimonial não somente para eles, mas para outras instituições.

           2.3 Busca da Formação Especializada

Aproveitei minha atuação como autônoma para fazer a primeira pós-graduação: Gestão de Eventos. Tanto na pós em gestão de eventos, quanto na pós em turismo, defendi temas sobre cerimonial e protocolo, sendo o tema da última transformado em artigo e apresentado no Congresso Nacional de Cerimonial e Protocolo de 2009, em Salvador-Ba.

           2.4 Mudança de Ocupação

Em 2006, passei no concurso da SEPLAG e minha primeira lotação foi na Subsecretaria de Suprimentos. Não era exatamente o setor no qual desejava trabalhar. Infelizmente, o órgão não faz a devida seleção quando da lotação de servidores, mas permaneci no mencionado setor até que terminasse o período do estágio probatório.

Foi difícil conseguir a remoção, mas ela ocorreu: em meados de 2010. Fui removida para a Escola de Governo.

            2.5 Retorno às Atividades Almejadas

Em 2007, fui convidada para dar aula de cerimonial e protocolo nas Faculdades AD1 e UPIS. Neste mesmo ano, comecei a dar aula de cerimonial e protocolo na Escola de Governo, momento no qual resolvi pedir remoção para a mencionada escola. O curso era bastante procurado e muita gente se inscrevia, mas algumas turmas foram canceladas porque o Subsecretário não autorizava a minha saída do setor para lecionar.

Nesse ínterim, entrei no Centro Universitário UDF como professora de cerimonial e protocolo e ministrei muitas palestras e cursos sobre o tema para o Itamaraty, TSE, TST, Brasília Festival Fashion, LBV, Biblioteca Nacional etc.

Hoje, na Escola de Governo, continuo ministrando aulas de organização de eventos - cerimonial e protocolo.

         3. Conclusão

O que tenho notado ao longo dos meus quatro anos ministrando aulas é que as pessoas que procuram as aulas de cerimonial e protocolo acreditam que serão ensinadas, por exemplo, a decorar eventos e, durante o curso, descobrem que o protocolo brasileiro é fundamentado em legislações e que é necessário estudar profundamente o assunto para se fazer cerimônias com excelência. É importante frisar que a decoração também faz parte dos eventos, pois o cerimonialista se preocupa também com a beleza das solenidades: é um especialista em criar rituais, mas não adianta rituais lindos se as legislações não são observadas. Isso é o que mais acontece.

Eu só tenho a dizer que, quer esteja organizando cerimônias ou ministrando aulas de cerimonial e protocolo, amo o que faço e agradeço a Deus por ter me conduzido ao longo desta estrada. Foram anos árduos, mas que me trouxeram para a área que mais me faz feliz: a área de cerimonial.

Agora, com este curso Formação de Formadores da Escola de Governo, sinto que minha relação com a pedagogia ficou mais estreita. Ocorre que me preocupo mais em estudar e atualizar-me na minha área de atuação do que desenvolver tecnologia pedagógica de forma a permitir a sistematização, a reflexão e a crítica do processo educativo de forma mais ampla. Este curso me abriu os olhos para tal ângulo, bem como para analisar possíveis modificações na minha ação docente. Pensar, como educadora, na competência pedagógica. Pretendo continuar em busca de novos conhecimentos, por meio da aprendizagem continuada, no nível stricto sensu. Mesmo que ainda não exista formação no mencionado nível em cerimonial e protocolo, buscarei defender temas em outras áreas de formação, mas que abranjam assuntos sobre cerimonial e protocolo, conforme já ocorreu anteriormente.


  Hermana Vargas

APRESENTAÇÃO:
Foi na Escola Primária Francisco Fernandes, Oliveira-MG, onde estudei da primeira à quarta série. Da quinta à oitava série e curso Normal estudei na Escola Normal Nossa Senhora de Oliveira, escola exemplar das Irmãs Escolápias. No curso Normal, aprendi nas aulas de pedagogia e didática, além de outras coisas, a fazer meu primeiro Plano de Aula, as aulas de filosofia e psicologia me despertaram para a essência da vida.

DESENVOLVIMENTO:
Fui aluna do Curso de Extensão para Docentes em Turismo, pela UNB, o qual deixou a desejar, por não ter terminado  a carga horária e matérias previstas. O Curso a Distância pelo Sebrae, Iniciando um Pequeno Grande Negócio, foi  meu primeiro aprendizado positivo com ensino a Distância, levando a crer que é a solução para o futuro da educação. Participei do  Curso de Aperfeiçoamento de Instrutores Construindo Novas Competências e Elaboração de Projeto Básico, pela Elo Engenharia. Aprendi a perceber e lidar com os diferentes tipos de pessoas, suas reações e motivações para o aprendizado. O curso de Formação de Multiplicadores para o curso de Excelência no Atendimento ao Cidadão, pela Escola de Gestão Pública do Distrito Federal, enriqueceu minha prática pedagógica enriquecidas com dinâmicas de Grupo voltadas para o objetivo do curso.

GRATIFICANTES EXPERIÊNCIAS:
Mas, uma  experiência fascinante  foi em 2005, como professora voluntária do Programa Degrau, educação dos servidores do GDF que não concluíram o ensino fundamental, no qual aprendi mais do que ensinei.
Em 2006, me especializei na UNB, no curso Arte educação e tecnologias contemporâneas, Arteduca.  O curso interessou-me por estar em sintonia com as modernas teorias pedagógicas e com o avanço tecnológico que está mudando o nosso mundo. Os módulos do curso foram muito enriquecedores, culminando com um projeto interdisciplinar que me proporcionou um grande suporte teórico-pedagógico, além de troca de experiências fantásticas para minha vida pessoal e profissional.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:
 Estou em constante transformação e em busca de novas experiências e aprendizado.O curso Formação de Formadores Presenciais da Escola de Governo, fez-me atualizar  os conhecimentos adquiridos ao longo da minha vida, acrescentando novos conteúdos, como o mapa conceitual e o contrato didático. Utilizamos um rico material instrucional,  adequado a uma interação dinâmica e construtiva, através do ensino a distância, uma metodologia contemporânea e do futuro.
 Este curso fez-me refletir, tenho muito a aprender e aprimorar como formadora. Em meu projeto de formação continuada pretendo fazer um mestrado na minha área, administração.







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